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Reduzir as emissões de gases do efeito estufa requer a implantação de medidas estratégicas, tanto por parte do setor público quanto do privado. Na Grande Vitória, os investimentos realizados pelas empresas operadoras em parceria com o Governo do Estado mostram que o Sistema Transcol está no caminho certo rumo a um transporte coletivo cada vez mais sustentável.

Muito tem-se falado sobre a descarbonização das frotas nas cidades. Afinal, ela pode ajudar a proteger o meio ambiente e a melhorar a qualidade de vida das pessoas. Mas, o que, na verdade, ela significa?

Descarbonizar nada mais é do que reduzir as emissões de gases do efeito estufa, que fazem tão mal para o planeta. É o caso do famoso gás carbônico (CO₂), principal causador do aquecimento global e das mudanças climáticas.

A ideia é, a longo prazo, eliminar essas emissões. Ocorre que, no Brasil, essa missão tem seus “perrengues”, sobretudo no segmento de transporte. Bora entender melhor?

O cenário global e o papel do setor de transporte

A atividade humana é a principal responsável pelo aquecimento global. São os gases emitidos por veículos, indústrias, geração de energia e outros setores que contribuem para a elevação das temperaturas do planeta.

Só para se ter uma ideia, segundo relatório mais recente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), a temperatura média da Terra pode aumentar cerca de 3 a 4 graus Celsius, até o final deste século, caso as medidas de controle de emissões não sejam suficientes para manter a temperatura abaixo dos dois graus, que é o nível de referência estabelecido como seguro de aquecimento no Acordo de Paris.

A situação é preocupante. A boa notícia é que ainda é possível enfrentá-la, segundo especialistas, por meio de algumas medidas de adaptação.

Ônibus está entre os menos poluentes

No segmento de transporte, o ônibus se destaca como o menos poluente entre os modais utilizados para o transporte de passageiros: emite apenas 0,8% dos gases de efeito estufa liberados no Brasil; é 8 vezes menos poluentes que os carros de passeio e 4 vezes menos que as motos. Os carros, aliás, são responsáveis por 72% de todas as emissões do setor.

Os dados são de estudos realizados pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), pelo Governo do Chile e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).

Apesar da pequena parcela de emissões, o setor de transporte coletivo urbano de passageiros tem procurado alternativas para reduzir estes índices, e a descarbonização surge como uma destas alternativas.

Desafios

Mas como ocorre a descarbonização no setor de transporte? Por meio da substituição de combustíveis fósseis – como o petróleo – por fontes de energia renovável, utilização de biodiesel e diesel verde, e o biometano, só para citar alguns exemplos.

Pode parecer algo simples. Entretanto, tais medidas esbarram em alguns entraves.

Neste texto, separamos quatro desafios da descarbonização enfrentados por empresas operadoras e gestores públicos para a implementação de um sistema de transporte coletivo cada vez mais sustentável. E mais: o que o Sistema Transcol tem feito para isso.

1. Dependência dos combustíveis fósseis e custo alto dos veículos

O Brasil ainda usa muito diesel, gasolina e outros combustíveis que poluem. Trocar isso por fontes limpas é um baita desafio, principalmente no transporte.

Apesar dos benefícios a longo prazo, a aquisição de ônibus movidos a fontes limpas de energia requer um investimento inicial elevado, sem contar os custos de operação, como manutenção e renovação dos veículos. Isso pode ser uma barreira especialmente para municípios com orçamentos apertados.

Nesse sentido, o Sistema Transcol sai na frente. Desde 2019, as empresas operadoras em parceria com o governo do Estado, passaram a investir na renovação da frota, com ônibus novos, mais modernos, equipados com ar-condicionado e motor sustentável.

Com isso, já são mais de 900 novos ônibus entregues à população em pouco mais de cinco anos, todos com baixa emissão de poluentes, que não soltam fumaça, fazem menos barulho e ainda são mais confortáveis. Neste pacote, estão incluídos 440 veículos do modelo Euro 6, isto é, 25% da frota do Sistema Transcol, que emitem até 80% menos gás carbônico, se comparado aos modelos convencionais.

Reduzir as emissões de gases do efeito estufa requer a implantação de medidas estratégicas, tanto por parte do setor público quanto do privado. Na Grande Vitória, os investimentos realizados pelas empresas operadoras em parceria com o Governo do Estado mostram que o Sistema Transcol está no caminho certo rumo a um transporte coletivo cada vez mais sustentável.

2. Capacitação técnica e manutenção

A operação e manutenção de veículos com novas tecnologias exigem mão de obra especializada, que ainda é escassa em muitas regiões. Isso pode comprometer a eficiência e a durabilidade dos sistemas.

3. Infraestrutura que ainda engatinha

a descarbonização não depende apenas da tecnologia dos veículos, mas também de um sistema de transporte bem planejado e integrado. A escassez de políticas públicas que incentivem o transporte coletivo sobre o individual também é um entrave.

Exemplo desse cenário de falta de infraestrutura no setor de transporte foi o que ocorreu em São Paulo. Em evento realizado no último dia 03 de abril para a entrega de novos ônibus com tecnologia limpa, o prefeito Ricardo Nunes afirmou que o risco de a cidade ficar sem ônibus para atender a população em caso de apagão é real.

Mas não é preciso ir muito longe para se constatar situação similar, desta vez, no setor da aviação. O Aeroporto de Vitória teve 48 voos cancelados após sofrer com um apagão na noite desta última segunda-feira (7).

Na Grande Vitória, as empresas operadoras do Sistema Transcol apostam na parceria com o Governo do Estado, para a realização de investimentos que viabilizem a implementação dessa infraestrutura necessária para a operação de ônibus mais sustentáveis na Região Metropolitana.

4. Conscientização

A gente também precisa mudar o jeito de pensar. Usar mais o transporte coletivo, por exemplo, já ajudaria (e muito!) a diminuir as emissões.

O raciocínio é simples: basta um ônibus para que 40 carros deixem de estar nas ruas. Menos carros, menos poluição.

A descarbonização do transporte coletivo não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para o futuro das grandes cidades. Além de contribuir para um ar mais limpo e uma cidade mais saudável, ela traz benefícios diretos para a mobilidade urbana, criando um ambiente mais confortável e menos poluente para todos.

Comunicação GVBus

Autor Comunicação GVBus

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